Tim Burton irá rodar ainda durante esta primavera o filme biográfico "Big Eyes". É um projeto que estava a ser desenvolvido desde à alguns anos - o realizador está associado desde 2010 - e que finalmente ganha viabilidade financeira através do envolvimento da produtora Miramax.
O ator sul-coreano John Cho voltará a trabalhar com os roteiristas de “Star Trek” (2009), Alex Kurtzman e Roberto Orci, no episódio piloto de “Sleepy Hollow”, série sobre o Cavaleiro sem Cabeça. Segundo o site The Hollywood Reporter, Cho fará uma participação especial na potencial nova série.
A série pretende apresentar o professor Ichabod Crane (Tom Mison, de “Amor Impossível”) como um detetive dos dias atuais. Ele teria como parceira a detetive Abbie Archer (Nicole Beharie, de “Shame”) e os dois resolveriam os mistérios da cidade de Sleepy Hollow, que se encontra no meio de uma batalha entre o bem o mal. Cho viverá Andy Dunn, um policial agradável da cidade que faz Abbie voltar ao trabalho. Aparentemente compassivo e prestativo, Andy guarda alguns segredos.
Kurtzman e Orci vão escreter o piloto ao lado do roteirista estreante Phil Iscove. A direção estará a cargo do cineasta Len Wiseman (Franquia “Anjos da Noite”).
O famoso conto de horror gótico de Washington Irving, do início do século 19, já foi transformado em filme em 1999, numa das muitas parcerias entre o ator Johnny Depp e o diretor Tim Burton.
Astro da sitcom “Go On”, John Cho também poderá ser visto no dia 14 de junho em “Além da Escuridão – Star Trek”, reprisando o papel de Hikaru Sulu.
O novo livro, Frankenweenie: O Visual Companion , será lançado em 05 de fevereiro de 2013. A arte de 256 páginas e making-of foi escrito por Mark Salisbury, editado por Leah Gallo e Kempf Holly, e possui um prefácio escrito por Tim Burton. Você pode pré-encomendar o livro hoje na Amazon.com .
Os ingressos já estão à venda para " Música de Danny Elfman nos filmes de Tim Burton ", um concerto que terá lugar no Royal Albert Hall, em Londres, no dia 7 de outubro, e contará com Danny Elfman em pessoa!
The Nightmare Before Christmas
Os Fantasmas se Divertem
Batman
Batman - O Retorno
Edward Mãos-de-Tesoura
A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça
Marte Ataca!
Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas
A Fantástica Fábrica de Chocolate
O Estranho Mundo de Jack
A Noiva Cadáver
Alice in Wonderland
Lembramos que Danny trabalho em filmes como:
Os Fantasmas se Divertem
Batman
Batman - O Retorno
Edward Mãos-de-Tesoura
A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça
Marte Ataca!
Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas
A Fantástica Fábrica de Chocolate
O Estranho Mundo de Jack
A Noiva Cadáver
Alice in Wonderland
Ingressos à venda a partir das 9h de quinta-feira 14 Fevereiro e começam em £ 20 (reserva de taxas podem ser aplicadas).
The Wrap informou que o longo dirigido por Tim Burton, irá para a Broadway.
O musical terá sua estréia mundial no dia 19 de Abril e um contrato de 5 semanas.
O elenco inclui Tony Award, Norbert Leo Butz como Ed Bloom, o personagem interpretado por Albert Finney e Ewan McGregor no filme, e Baldwin Kate como Sandra Bloom, interpretado no filme por Alison Lohman. Bobby Steggert terá papel Billy Crudup de Will Bloom, e Zachary Unger vai interprtar Will Young. O musical é produzido por Dan Jinks, Cohen e Bruce Stage Entertainment com Roy Furman, a Organização Nederlander, Domo John e Broadway Across America.
O musical terá sua estréia mundial no dia 19 de Abril e um contrato de 5 semanas.
O elenco inclui Tony Award, Norbert Leo Butz como Ed Bloom, o personagem interpretado por Albert Finney e Ewan McGregor no filme, e Baldwin Kate como Sandra Bloom, interpretado no filme por Alison Lohman. Bobby Steggert terá papel Billy Crudup de Will Bloom, e Zachary Unger vai interprtar Will Young. O musical é produzido por Dan Jinks, Cohen e Bruce Stage Entertainment com Roy Furman, a Organização Nederlander, Domo John e Broadway Across America.
Uma entrevista que podemos chamar de entrevista-biográfica.
Vale a pena a leitura.
"Quando eu era criança, todo mundo me chamava de esquisito. O tempo todo. Só pelo fato de eu gostar de assistir a filmes de monstro já ganhava esse rótulo. Ver filmes de monstro não me parece nada estranho... Parece pra vocês?"
O menino Tim Burton cresceu e se especializou não em assistir, mas em criar monstros para os outros assistirem.
Criou um menino com mãos de tesoura, um cavaleiro sem cabeça, uma noiva morta, um fantasma "bioexorcista". E inventou reinos sombrios de enorme apelo visual, com monstros simpáticos e debochados, belezas mórbidas e fantásticas coisas assustadoras que não assustam.
Depois do sucesso de bilheteria de sua versão para "Alice no País das Maravilhas" (2010), vem com duas novidades-esquisitices neste ano.
Em "Sombras da Noite", que vai ser lançado no Brasil no dia 22 de junho, o monstro da vez é um vampiro do século 18 que acorda nos loucos anos 1970. Barnabas Collins, vivido por Johnny Depp, retorna à mansão de sua família, hoje problemática e decadente, e tem que se adaptar ao novo mundo de sexo, drogas e rock'n'roll.
Adaptação da série americana "Dark Shadows", exibida por lá nos anos 1960 e 1970, traz no elenco também a mulher de Tim, a atriz inglesa Helena Bonham Carter, além de Michelle Pfeiffer, Eva Green e Alice Cooper.
Já "Frankenweenie", um dos filmes "mais pessoais" de Tim, é uma animação em "stop motion" (feita com bonequinhos) e em 3D. Seu monstro é um cachorro ressuscitado pelo menino Victor, em formato Frankenstein.
Neste longa, com lançamento no Brasil previsto para novembro, o diretor americano retoma um curta-metragem, feito com atores, em 1984, e nunca lançado comercialmente.
"Meus pais ficavam surpresos porque eu assistia a filmes de terror e não tinha medo nenhum. Nunca tive medo de vampiros ou de Frankenstein. As pessoas reais é que são assustadoras. Ter que ir à escola, ao trabalho, ter alguém no trabalho que é um babaca... Isso dá medo", afirma Tim, 53, em uma das três entrevistas com ele de que a Serafina participou em Los Angeles, no começo de maio.
TIM ATACA!
Um Tim de cabelo desgrenhado, vestido de preto e usando óculos escuros (você o imaginaria de outro jeito?) fala sobre a infância do pequeno Tim, que passava o dia desenhando e vendo filmes e era um protótipo de cientista maluco, na tediosa Burbank, na Califórnia.
"Eu era muito legal com os animais, mas com as coisas... Era queime, baby, queime! Botava fogo e gostava de experimentar. E fazer pequenos filmes em super-8 era sempre um experimento. Você explode um pequeno edifício, faz um foguete voar... Era tudo uma grande feira de ciências."
Depois da fase explosiva, Tim foi estudar animação no Instituto de Artes da Califórnia e logo se viu como animador dos estúdios Disney. Ali, ganhou destaque com "Vincent", um curta sobre um garoto (já com o rosto comprido e os olhos bem esbugalhados que marcariam as animações de Tim) que queria ser Vincent Price (astro de filmes de terror e grande ídolo do diretor).
Logo depois, veio o projeto de "Frankenweenie", que foi concebido como animação, mas desenvolvido como "live action" (com atores) --e engavetado por ter sido considerado muito "dark" para crianças.
MONSTROS S.A.
Então, lançou seu primeiro longa, já fora da Disney, "As Grandes Aventuras de Pee-Wee" (1985), uma comédia sobre um "homem-criança" que atravessa o país em busca de sua bicicleta roubada.
No filme seguinte, "Os Fantasmas se Divertem" (1988), embarcou de vez na onda de "filmes de monstro" e fez sucesso com um elenco estrelado (Michael Keaton, Geena Davis e Alec Baldwin).
Com os "Fantasmas" --cuja sequência está em estudo--, ganhou crédito para fazer seu primeiro "Batman" (1989), com o mesmo Keaton, além de Jack Nicholson e Kim Basinger. Virou sucesso de bilheteria. De diretor cult passou a mainstream, e de esquisito virou excêntrico.
Tim diz que todas as suas criações têm um toque autobiográfico e que não revê nenhum filme "porque é doloroso". Não quer também contar qual é o preferido, mas coça a barba e deixa escapar "Edward Mãos de Tesoura" (1990), com um suspiro, quando insisto na pergunta.
Nessa fantasia, começou a celebrada parceria com o ator Johnny Depp, estrela de oito de seus filmes e padrinho de seus dois filhos.
Foi numa conversa de compadres que surgiu a ideia de filmar "Sombras da Noite". "Estava conversando com Tim e falei: 'Precisamos fazer um filme de vampiros qualquer dia desses'", conta Johnny, como quem combina um churrasco.
O diretor gosta de repetir: sua mulher, Helena, também está em quase todos os seus filmes, o compositor Danny Elfman faz as trilhas sonoras para todas as suas criações e ele já se envolveu com um segundo filme de vampiros: é produtor de "Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros".
Tem ator que implora por um papel em seus filmes, como fez Michelle Pfeiffer para garantir estar em "Sombras da Noite". "Implorei mesmo. Não me orgulho disso", ri Michelle, na entrevista de lançamento do longa. "Mas fazia 20 anos que não filmava com Tim [desde que foi a Mulher-Gato em 'Batman - O Retorno']..."
"Gosto de trabalhar com as mesmas pessoas, mas, às vezes, quando eu ligo, elas já estão ocupadas", esclarece ele.
PAÍS DAS MARAVILHAS
Quase todas as pessoas que formam a gangue de Tim dizem que, depois que se convive muito tempo com ele, a fala é quase desnecessária. Ele acha outras formas de se comunicar.
O desenho foi a primeira delas. "Eu não falava muito quando era novo. Mas trabalhar com atores me forçou a isso." Mesmo aprendendo a falar, Tim segue desenhando e abriu o baú de suas criações, entre desenhos, pinturas e rabiscos, além de seus filmes, para a retrospectiva dedicada a ele no museu MoMA, de Nova York, entre 2009 e 2010.
A mostra, com 700 peças do diretor, já rodou por Los Angeles, Austrália e Canadá e está em cartaz em Paris.
Como sempre, Tim atraiu fãs e muitas críticas, que julgaram que o material era memorabilia e não arte digna de ser exibida num museu.
"Não fui ao MoMA dizer que adoraria fazer uma exposição. Eles vieram até mim", justifica. "E a coisa mais legal é que eles nunca me apresentaram como um grande artista."
Se o sucesso de Tim representa, para muitos, a vingança final dos nerds, ele garante que fama e fortuna não resolveram os problemas do menino esquisito lá do primeiro parágrafo.
"As pessoas reclamam que eu repito certas temáticas, como a da solidão: 'Você faz sucesso, não pode ser tão sozinho'", relata o diretor.
"Você pode ter uma família, sucesso, pode ter um milhão de amigos... Mas, se você já se sentiu desse jeito um dia, vai sempre se sentir assim."
A NOIVA BONHAM CARTER
Tim vive uma espécie de solidão acompanhada da mulher, Helena, que conheceu nas filmagens de "Planeta dos Macacos", dirigido por ele (2001).
Os dois vivem em Londres, com os filhos, Billy Ray, 8, e Nell, 4, em casas separadas, mas interligadas.
Em entrevista à Serafina, em 2010, Helena, 46, contou que seu cantinho é decorado com flores e corações, enquanto o do companheiro tem duendes e esqueletos.
O tema esquisitice x normalidade acaba sempre voltando à tona nas conversas com Tim. Indagado sobre quando começou a se sentir uma pessoa normal, explica que essa é uma questão muito complexa.
"Sabe o que é estranho? É que sempre me achei normal quando era criança. Depois de um tempo, você começa a pensar que é maluco, porque todo mundo te chama assim. Aí, os anos passam e você se dá conta de que eles estavam certos, você era louco mesmo."
Tim fez análise por um tempo, há dez anos, para tentar entender sua maluquês. Não gostou muito, mas diz que aprendeu o que deveria para poder controlar o processo do jeito que gosta, sozinho.
Faria um filme sobre o tema? "Não, porque aí seria um filme do Woody Allen, e esse já foi feito."
Folha.com/Serafina